Estamos no século XXI, a era que,
quero crer, foi sonhada para ser de igualdade entre géneros, de diferenças que
se esbatem nas semelhanças cerebrais, da genialidade do entendimento entre pessoas.
Mas, alguém falhou, redondamente,
essa emenda.
Ora, assim sendo, sinto uma
necessidade atroz de explicar, particularmente aos homens, aquilo que fazem que
irrita solenemente uma mulher, e que, por certo, vai fazer a caça levantar voo.
E, claro está, um pássaro só por muita coincidência voltará a pousar com o
mesmo vagar no mesmo galho.
Exkrever portuguex – parecendo
que não, é essencial para a comunicação. E para parecer que se terminou o 1º
ciclo com sucesso.
Abordagens como “olá linda” – é
uma estirpe que não consigo qualificar. A não ser que se trate de um nome
próprio, e tenham dificuldade em escrever nomes próprios com maiúscula, não
digam isso, assim, à papo-seco. É uma entrada a pés juntos. Com direito a
cartão. Já para não dizer que é típico de quem ficou preso em 2005, em plena
geração Yorn, quando começámos a ter SMS grátis, e dizíamos coisas parvas, sem
pensar.
“Então, que fazes?”, ou a
variante “então o que fazes da vida?” – se não conhecem a pessoa em questão,
pode não ser propriamente a maneira mais fácil de quebrar o gelo. Haja tacto. E
haja expectativa de não obter resposta.
Frases rudes e de teor sexual –
pelos motivos óbvios. A não ser que tenham vestida uma gabardina sem nada por
baixo.
Fotos de genitais – pelos mesmos
motivos óbvios.
“Ah, o teu namorado…” –
poupem-nos, e perguntem directamente.
“Vi-te no Facebook, e mandei-te
um pedido de amizade, porque te achei gira” – a mim, e a mais 20 miúdas. Sem
credibilidade. Já agora, façam o que fizerem, NÃO tentem dar corda a mulheres
que possam, por eventualidade, falar entre si. Se há coisa que as mulheres
fazem, é falar. Sobre tudo! E por isso, vão arranjar corda, sim, mas para um
enforcamento à patrão.
Marcação cerrada – ligo já para a
GNR, ou…
Demasiado contacto físico –
toques na mão, toques na perna, toques na cara, no cabelo… Parecem só tarados.
Não é sexy.
Falar somente sobre si mesmo –
Narciso, és tu?
Pessoas que tentam embebedar as
“presas” – alguém inteligente, aceita um copo à borla, e vem embora.
Convidar para jantar ou para um
café, porque acham que é um passaporte para o “coração” - Não, não é. Ou têm
conversa, ou nada feito.
Em suma, o importante é ser
normal, não cheirar a Old Spice, e ir de peito à bala. Sem muitos truques, nem
manias.
Foto: https://c2.staticflickr.com/2/1136/924177229_47a5d0d3b7_z.jpg?zz=1
Publicado originalmente em: Notícias do Nordeste